A coluna vertebral é formada por 33 vértebras. São 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares (móveis); mais 5 sacrais e 4 coccígeas (fundidas). Sustenta o corpo na posição ereta e ao mesmo tempo permite a mobilidade do tronco. Também protege a medula espinhal. Suas curvaturas naturais funcionam como um sistema de amortecimento a impactos.
Entre as vértebras está o disco intervertebral. Ele é formado por um anel fibroso que possui em seu centro o núcleo pulposo de consistência gelatinosa.
Quanto mais próximo ao sacro, é maior a compressão exercida sobre o disco. Se este estiver lesado, há maior atrito nas articulações, o que leva à artrose da coluna.
A partir dos 25 anos de idade, as fibras do anel fibroso começam a sofrer degenerações. Deste modo, o núcleo pode espalhar-se pelo disco e ao atingir as terminações nervosas provocar uma dor profunda.
Ao inclinarmos o tronco para frente sem utilizar a flexão dos quadris, sobrecarregamos a coluna lombar numa hiperflexão. A maioria das pessoas faz este movimento de forma errada, milhares de vezes durante sua vida. Este esforço repetitivo vai rompendo as fibras posteriores do anel fibroso e a pressão gerada na parte anterior das vértebras durante a flexão empurra o núcleo para trás. Quando estendemos o tronco de forma brusca, o núcleo herniado fica preso pelo peso das vértebras. A dor gerada faz o corpo bloquear o movimento como um reflexo de defesa; é o popular “travar a coluna”.
Exercícios na piscina terapêutica aliviam a dor da hérnia discal. Podemos realizar tração vertebral durante a flutuação, descomprimindo as vértebras e ganhando maior espaço interarticular, o que diminui a compressão nervosa. A temperatura da água também auxilia no relaxamento muscular. Exercícios visando ganho de amplitudes de movimento e alongamento musculares, associados a orientações posturais e R.P.G. (reeducação postural global) completam o tratamento.
Ft. Letícia Crespi Kindermann